quinta-feira, dezembro 29, 2005

Something



SOMETHING IN THE WAY SHE MOVES
ATTRACTS ME LIKE NO OTHER LOVER
SOMETHING IN THE WAY SHE WOOS ME

I DON´T WANT TO LEAVE HER NOW
YOU KNOW I BELIEVE AND HOW

SOMEWHERE IN HER SMILE SHE KNOWS
THAT I DON´T NEED NO OTHER LOVER
SOMETHING IN HER STYLE THAT SHOWS ME

I DON´T WANT TO LEAVE HER NOW
YOU KNOW I BELIEVE AND HOW

YOU´RE ASKING ME WILL MY LOVE GROW
I DON´T KNOW, I DON´T KNOW
YOU STICK AROUND NOW IT MAY SHOW
I DON´T KNOW, I DON´T KNOW

SOMETHING IN THE WAY SHE KNOWS
AND ALL I HAVE TO DO IS THINK OF HER
SOMETHING IN THE THINGS SHE SHOWS ME

I DON´T WANT TO LEAVE HER NOW
YOU KNOW I BELIEVE AND HOW

George Harrison (The Beatles)

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Un chien andalou



-1929

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Ao lado



Ser amargurado
Longe do que espera
Transforma-se no passado
Não tem p’ra onde olhar
O que espera
Não esta mais lá
Não fale nada homem sem tempo
Quero aguardar calado
Ao lado
No entanto olhos pousam sobre mim
Mesmo estando no canto
Sinto palavras voando
Querendo me atingir
O outro lado esta ali
Os homens sem tempo também estão lá
Estão esperando...
O que mais pode faltar?

domingo, dezembro 11, 2005

Work for never


Porque eu ainda insisto nisso?

É...

É
O mundo não acabou
Os outros continuam sendo distantes
Enquanto os lados continuam vazios
Porque procurar?
Vamos todos para o mesmo lugar
É
Como é triste desejar
Saber que de nada vai adiantar
Os livros serão presentes para as traças
A poeira encobrirá todas as lembranças
Panos brancos em cima dos bancos
É
Não adianta tentar remediar
Sorrir para o tempo passar
Criar para o nada destruir
Amar para poder se machucar
Ou se purificar
É
Vou acabar não conhecendo
A forma de ser um igual
Olhar para frente e sentir paz
Apagará o medo da solidão
Já que vamos ficar sós
É
Espero pelo que me salvará
Onde está?
Não consigo mais olhar dentro de mim
Auras pararam de brilhar
O que era puro não esta mais aqui
É...

sábado, dezembro 10, 2005

Ignorado

Vai onde está seu bem
Deixa marcar o que vem
Sereno não sente a dor chegar
Com sorrisos sem amor pra dar
Pode vir que ninguém vê você
Espera no canto ela passar
(Espera ela te ignorar)
Leva nos braços todo o seu amor
Para ela ele não tem nenhum valor
Vai onde está seu bem agora
Lá longe do lado de fora
Caminhando seu caminho
(sem você ao lado)
Enquanto você está ai sozinho
Parado com o amor nos braços
Aos poucos sente a dor chegar
Aquela dor que já estava lá
Ela sabe te acompanhar
Sabe para onde te levar
Deixa marcar o que vem
E o que vem
Não é o teu bem

sábado, novembro 05, 2005

(What's so funny 'bout) peace, love and understanding

Remando

Longe do mar
Dando seqüência a nova onda que se desmancha na areia
Daqui não consigo ver isso acontecer
Consigo me lembrar de um passado distante
Estava livre para ver a maré
Daqui não consigo ver se estava cheia ou não
Datas continuam impressas em calendários
Na memória alguns rostos
Não esboçam nenhuma reação
Mistura-se ao festival de lembranças e tormentos
Só mais um corpo que vaga
Seu rosto está preso aqui
Daqui não consigo distinguir
O vento não está a favor
Meus braços não agüentam mais remar
Jogando os mortos pela janela
Alguém vai cuidar bem deles
E tudo vai ficar bem
Em breve vamos nos encontrar
Sendo consumidos pela terra que já não é tão farta
Daqui não consigo entender o que ela quer dizer
Ela me viu crescer
Alegrou-me quando estava na janela
Quando não levava a vida tão depressa
Foi só mais uma estação que passou
Não deixou nada para os demais
Daqui consigo ver as paredes crescendo
Os brinquedos sumindo e as crianças mudando
Enquanto estou aqui remando
A tarde vai caindo
Daqui consigo ver a vida acabando

quinta-feira, setembro 08, 2005

Deixe essa musica tocar

Deixe-me cantar aquela velha canção
Ela fala apenas sobre a solidão
Nos cantos vazios empoeirados
Das noites abraçado ao balcão
E todos aqueles rostos
Sorrindo a luz de cigarros
Esvaziando a vida
Pedindo outra garrafa logo em seguida
Não há o que comemorar sozinho
Não há vitória quando se esta caindo
O frio da noite penetra minha pele
É o aviso da nova manhã
Penetra na madrugada
Enxugando as poças de água da chuva
Com a insanidade da noite passada

Aquela velha canção
Não me lembro do refrão
Era apenas sobre a solidão
Do andar nas ruas cheias
Invisível a população
Sendo não sendo sabendo desaprendendo
Não ando mais nas mesmas ruas
Elas estão diferentes agora
Estranham meu velho par de sapatos
Desconfiam do meu jeito de andar
Sabem por onde andei
Conhecem os passos o passar
Não passo ali acompanhado

Deixo essa história de lado
Sozinho acompanhado forçado
Esquecido abandonado desencorajado
As traças dos livros deixaram de roer suas paginas
Atacam meu coração calado
Desfaz sonhos contínuos
Ficam pelo chão
Meus olhos não alcançam todos os detalhes
Vão passando despercebidos esses anos
Vou encontrá-los em alguma esquina
No fim da minha vida

Esqueci a velha canção
Que fala apenas sobre a solidão

De mais ninguém


Se ela me deixou, a dor,
É minha só, não é de mais ninguém
Aos outros eu devolvo a dó
Eu tenho a minha dor
Se ela preferiu ficar sozinha,
Ou já tem um outro bem
Se ela me deixou,
A dor é minha,
A dor é de quem tem

O meu trofeu foi o que restou
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor,
Eu tenho a minha dor
A sala, o quarto,
A casa está vazia.
A cozinha, o corredor.
Se nos meus braços,
Ela não se aninha,
A dor é minha, a dor.

Se ela me deixou, a dor,
É minha só, não é de mais ninguém
Aos outros eu devolvo a dó
Eu tenho a minha dor
Se ela preferiu ficar sozinha,
Ou já tem um outro bem
Se ela me deixou,
A dor é minha,
A dor é de quem tem

É o meu lençol, é o cobertor
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor,
Eu tenho a minha dor
A sala, o quarto,
A casa está vazia.
A cozinha, o corredor.
Se nos meus braços,
Ela não se aninha,
A dor é minha, a dor.

(Marisa Monte - Arnaldo Antunes)

domingo, agosto 28, 2005

O vento

Posso ouvir o vento passar
assistir à onda bater
mas o estrago que faz
a vida é curta pra ver...
Eu pensei
que quando eu morrer
vou acordar para o tempo
e para o tempo parar.
Um século, um mês,
três vidas e mais
um passo pra trás?
Por que será?
...vou pensar.

- Como pode alguém sonhar
o que é impossível saber?
- Não te dizer o que eu penso
já é pensar em dizer
e isso, eu vi,
o vento leva!
- Não sei mas
sinto que é como sonhar
que o esforço pra lembrar
é a vontade de esquecer...
e isso por que?
Diz mais!
Uh, se a gente já não sabe mais
rir um do outro meu bem então
o que resta é chorar e talvez,
se tem que durar,
vem renascido o amor
bento de lágrimas.
Um século, três,
se as vidas atrás
são parte de nós.
E como será?
O vento vai dizer
lento o que virá
e se chover demais
a gente vai saber,
claro de um trovão,
se alguém depois
sorrir em paz.
Só de encontrar... ah!...

Rodrigo Amarante (Los Hermanos)

Love

quinta-feira, agosto 25, 2005

Faz uma coisa?

Enterre, não precisa cavar, basta olhar!
Perca, vontade não traduz atos no teatro da crueldade.
Seja, carrasco dos desejos contidos nesse coração.
Vingue, aquele que não faz nada diante do medo.
Chore, lavando a alma em pé em frente ao derrotado.
Ame, que vai passar pela vida como a madrugada.
Desperte, perceba que é tarde impossível recomeçar.
Inicie, depois do parto, não há como voltar.
Desperdice, flagele o passar com desprezo.
Esquece, nada vai mudar adiante.
Promete, que não vai vestir preto no meu enterro?
Promete?

Estou indo...

Tudo no silêncio é claro
Vai abrindo clareira nesse espaço
A forma, abismo infinito de sonhos.
Vai caindo, caindo, caindo, caindo...
Não se vê nada passar
Não se ouve ninguém chamar
Não se percebe a vida acabar
Mas tudo parece tão calmo agora
Não sinto o vento bagunçar meu cabelo
Não vejo as crianças correndo pela calçada
Adultos não estão no plano dos sonhos
Não acreditam mais, limites!
(Temos que ter cautela e responsabilidade)
Prefiro cair e cair e cair e cair...
Mesmo com o mundo de martelo em punhos
Pronto para selar minha sentença
Afundei muito, muito fundo.
O nada me levará
Conversarei com o silêncio
Lá no fundo
Não vou mais voltar

quarta-feira, agosto 24, 2005

A dor que alimenta a alma

De onde vem todo esse barulho?
Desmoronando em meu peito
Chamando a atenção de todos em volta
Não
Não há nada em volta
O barulho sou eu
Franca tristeza
Apodere-se de toda a raiva
Transforme em flores tudo que machuca
Prove que existe coração
Que não somos uma ilusão
Faça da vergonha uma arma
Dispare no céu
A ferida que vai abrir sangrará sobre a terra
Lavará almas imundas
Solitárias
Vazias
Incompreendidas
Esperam pelo nada bradando insultos mudos
Fazendo barulho
Ninguém escuta nada

quinta-feira, julho 14, 2005

Indo

Indo
Na esperança de chegar
Mas a estrada vai crescendo
Se alongando na minha frente
Cada vez mais distante
Sem conseguir fitar o horizonte
Penso em você
Esta em todas as paradas
Sentada
Esperando uma palavra de carinho
Ofereço minha mão a você
Não consigo falar

Quero continuar
Te escolho para brincar
Olhando para trás
Você não esta mais lá
O que será diferente?
Que me atrai até tão longe
Longe de fronteiras e horizontes
Onde ninguém vai estar
Vendo a noite passar
Tão devagar

Pequenos sonhos partidos
Fazem uma trilha entre estradas
Onde você esta?
Em todo lugar sinto seu olhar
Posso ver entre nevoas e neblinas
Distante da vida que me cerca
O que completa minha alma
Alegra meu coração
Mas esta tão longe
Não consigo alcançar
O lago morto está a minha frente
Tão fundo quando o mar

Quero saber onde estou indo
Ver tudo passar por mim
Sem nome
Só sombra desfigurando
Formando manchas pelo chão
Tão grandes
Dão novas formas aos morros
Mas não ao que sou

E o que sou eu?
Perto do universo em expansão
Que é você
Da imensa vontade e curiosidade
Fica estreito o que sinto
É mais intenso que isso
Não faz parte dessa estrada
Não segue aquela trilha deixada
Luta para ser igual
Diante dos tropeços e engasgos
Não acaba
Sua voz deixa apaziguada
A agitação triste dessa alma

Só mais uma coisa

O modo como se encaixam todas as coisas intrigam quem só quer ver pedaços soltos por ai, fragmentos desiludidos e sonhadores estão em toda à parte, atrapalham a passagem, se ocupam com desentendidos, ofendem os bons amigos, viram as costas para o mundo que é nada em meio a tudo!
Perdido no vácuo? Vago em meio a palavras desencontradas e imperfeitas, mas que também tem algo a dizer, é tão fácil dizer tudo sem falar nada, estar errado seguindo o caminho certo, o improvável esta a mercê de todos, alcança parâmetros distantes, unidade em expansão desaparece no que acreditas que é verdade!

segunda-feira, julho 04, 2005

Definhando

Diante dos seus olhos
Distante dos seus sonhos
Não sei as razões
Não agüento mais estar tão perto do ciclo se fechando
Pedindo atenção não importa onde esteja
Cavando na imensidão
Tentando achar pessoas que não existem
Concentrado na forma do nada
Em baixo das cinzas que mostram a disforme face do fim
O vento espalha tudo pelo ar
Continua adormecido o coração
Ninguém tem culpa por todos esses anos de ausência forçada
Mesmo estando em todas as partes
Vendo sorrisos se abrirem
Já tem tanto tempo
Essas miragens não me convencem mais
Elas nunca ouvem o que tenho a dizer
A verdade é que quem não existe aqui sou eu!

terça-feira, junho 21, 2005

Junho

Provisório

Sempre segui sozinho
Sendo derrubado a cada esquina
Sentido o chão no rosto
Ele também toca o céu
Cercado por pés e sapatos
Desamarrados tropeçam nas estrelas

Atirando
O cansaço atrai desatarefados
Mostrando rotinas tão bem torneáveis
Transgredindo gravatas
Abraçando tudo que é nada
As cortinas estão fechadas
Impedindo que o mundo entre
Não se mostra a favor
Contando os espaços na parede
Dando lugar para o que sobrou do tempo

Lá fora a cidade cresce
Com seus prédios tapando a lua
Seus becos se alongando
Por entre ônibus e esquinas
Esvaziando sonhos
Calando bueiros
Que insistem em não desaparecer
Tantas tendências insanas
Ingratas
Dividem o espaço com o que sobrou
Diluindo a essência do purgatório
Nas margens do rio da memória

A busca incessante se interrompe desse lado da rua

Não sei ser persistente
O que me veio é livre para ir
Não existe
Semelhança no que é de bem
Sobras do que é bom
Verdade no que é real
Transparência nos olhos
Decadência sem exaltação
Morosidade sensata

Vago o lado oposto
Explorando a fraqueza exposta
No âmago da sensibilidade
Nem todos podem ver
Inimigo da luz
Nasce dentro do sol

Conivente da dor
Valorizando minúsculos detalhes
Não tem importância
A ilusão esta ao meu lado
Alimentando essa dor
Vendo ombros encolhidos
Afeito se distrai
Paciente aguarda deslizes
Não provoca
Sabe que logo tudo volta ao normal

Continuar normal
Diferencia cada sentimento da razão
Estando apto e sendo correto
Humanos parecem coerentes
Simples de resolver
Só mudar de canal

segunda-feira, junho 20, 2005

Grãos

Cada passo
Cada olhada
Cada vez que não presto atenção
Olhando a janela molhada
Deixando o copo cair no chão
Cacos espalhados pela casa toda
Feridas se abrindo
Por falta de atenção
Orgulho manchado com sangue puro
Tudo culpa do acaso
Que quebra e se espalha
Sem nenhum aviso
Deixando seqüelas jogadas em todos os cantos
Impossível juntá-las
Impossível sair ileso
As manchas
Os cacos
Lembranças do passado
Pequenos grãos
Estão em toda à parte
Cuidadosamente colocadas ao acaso
Onde não posso tocar
Não posso mudar!

terça-feira, junho 14, 2005

Naufrago dos desejos inacabados

Por traz de nuvens cinzas
Sufocado entre paredes com um sorriso livre
Perturbo o sono dos anjos
Muda, pesado coração!
Fique atento ao passar dos dias
Eles trarão de volta o sorriso livre que se foi
Calmo como o silencio
Espalhando fel nos lábios sem amor
Estarei aqui
Acreditando em mentiras!
Logo
O fantasma das escolhas vai chegar
Mostrando as crianças solitárias
Apontando armas para todos a sua frente
São inocentes
Não faça barulho quando chegar
Deixe os mortos descansarem em suas covas
Aberto
Deixo o fogo queimar
Farsa
Acontece também em beijos
Ecoa nessas paredes
Tudo o que não foi dito por essa boca amarga
Em seu constante desespero!

Heart

segunda-feira, junho 13, 2005

Mais um dia

Não sou bem vindo
É muito simples estragar tudo que esta ao meu redor, não sei sorrir, não consigo dar atenção as coisas que considero importantes, não sei começar de novo, nunca consegui me levantar, o chão é tão cômodo mesmo com tudo passando por cima de mim pisando no meu rosto, jogando bituca de cigarro e apagando no meu braço, acostumado. Sou ignorado, o amigo de todos, distante de todos, não é agradável ter como companhia o que atrai o errado, que não sabe viver a vida que tem.
Expulso por corações, não sou de verdade, não entendo esse respirar, não vejo nada acontecer e não entendo como cheguei até aqui, arrastado, empurrado, obrigado, assim como latinhas têm seu rumo nas ruas sendo chutadas por crianças, amassadas por carros se locomovem. Distancia, tudo sempre fico tão longe de mim, tinha esperança de alguém me segurar pela mão e me levar de encontro com mudanças, isso nunca aconteceu, as horas se estendem, as garrafas vão ficando vazias na mesa, se acumulando como se isso fosse um privilégio, fitas, discos, filmes, livros, refúgios não trazem uma melhora, não sustentam uma esperança, só enganam a fome te transformando em dependente não quero fugir desse estigma destinado a mim, vão ficando cada vez mais visíveis às marcas, estão no meu rosto, no meu corpo, na minha mente, na minha alma, no meu coração, não é preciso esforço pra ver é só olhar para mim. Uma coisa difícil, uma exceção que pode acontecer e, desfrutei disso uma ou duas vezes no percurso que me trouxe até aqui, olharem para mim, todos sabem que estou aqui, o cara que tem aquele filme e aquele disco, mas ninguém sabe quem eu sou, quem olhou mais a fundo saiu triste, se machucou, isso me deixa péssimo, só faz crescer a certeza de que não sou uma boa companhia, de que meus refúgios fúteis são uma solução desesperadora, mas me fazem respirar um pouco, me tiram desse plano por uns momentos, momentos que aprecio, que me tiram um falso sorriso, sorriso sem alegria, sem perspectiva, sem ilusão, um não sorriso, um simples levantar de lábios, que me transforma e me deixa ser aceito pelos amigos, vizinhos, conhecidos e humanos!
E agora? E o daqui p’ra frente? Não sei, estou aqui, ainda, mas sinceramente não me importa o “e agora?” Tudo tende a se estender, o corpo dos humanos tem a capacidade de se adaptar a diversas situações de vida, esse é um ponto positivo aos que tem que aprender a se adaptar, já que não resta outra escolha! Sei que ninguém vai se importar, viver é mais importante, aproveitar oportunidades, fazer escolhas, construir, evoluir, mudar, o destino escolheu me deixar aqui, sozinho, sonhando como seria se fosse assim ou daquele outro jeito, ou se aquilo realmente tivesse acontecido, se tivesse dado certo, seria muito bom, seria diferente, um novo começo. Não aconteceu, não deu certo, não foi bom, não foi diferente, e um novo começo não existe, já começou há muito tempo atrás, agora, de novo o e agora, vou me preparar para quando acabar e não sei, se isso vai demorar, se vai ser doloroso, acho que não vai ser tão doloroso quanto o dia de hoje é ou o dia de amanhã vai ser, vai chegar o dia em que vou descobrir isso também, e aquele disco, aquele filme, aquela musica, não vai ter mais importância nenhuma e também vai desaparecer, o ultimo suspiro será verdadeiro, espero que seja a única coisa que não foi em vão nessa vida!

domingo, junho 05, 2005

Silence

As vezes é melhor não dizer nada!!!

Texto "Amor de papel" postado por Cris Prieto

sábado, junho 04, 2005

Amor de papel

Fiz um outro amor de papel.
No dia em que eu dobrava o anterior, retirava a tirinha do envelope como fosse brincadeira.
O próximo.
Daí que não era um bom nome.
Depois pensei: e qual deles algum dia teria sido bom nome? Fiquei brincando com o nome dele entre os meus dedos.
E meu sorriso encontrando o dele pelas esquinas o tempo todo.
E as vontades saindo de trás das árvores sob o sol das duas da tarde.
Está todo mundo olhando, eu pensava.
Ele nem ligava.
Ligava, sim.
De hora em hora.
E eu deitada sobre o tapete da sala respondendo risadas indecentes.
Entrava no banho e gritava com o sabonete que insistia em me lembrar que aquele não era um bom nome.
Dane-se.
Me faz feliz.
Tenho tantas risadas esparramadas pelo tapete que ninguém acreditaria.
Então minto.
Esfrego os olhos e digo que chorei a noite inteira......

Texto de Ane Aguirre

quinta-feira, junho 02, 2005

A mente no lugar

Como tudo começa?
Com os pés no chão?
Com a mente no lugar?
No centro do seu lar?
Emudecido pelo som de pensamentos
Não posso falar, não posso pensar
Não tenho vontade de fazer bonito
Não tenho vontade de agradar
Sendo desagradavel
Seguindo a vida
Entrando e saindo sem nenhum motivo
sem nenhum aviso.
Ela vai caminhando pela estrada
Esta descalça
Pensa que esta andando no céu
Pisando em nuvens e sendo guiada pelo vento.
Não param o mundo só para você passar
As estrelas não param de brilhar
Quando você tenta iluminar a noite com um sorriso
É simples
Eu fecho meus olhos e tudo para
Quieto demais para pensar
Vou tirar meus pés do chão e a mente do lugar
Só assim para entender
A variedade de faces escolhidas pela mesma pessoa
Sigo sem saber
Sigo sem entender
Sigo sem sonhar
E tudo vai mudar e acabar!