terça-feira, junho 21, 2005

Provisório

Sempre segui sozinho
Sendo derrubado a cada esquina
Sentido o chão no rosto
Ele também toca o céu
Cercado por pés e sapatos
Desamarrados tropeçam nas estrelas

Atirando
O cansaço atrai desatarefados
Mostrando rotinas tão bem torneáveis
Transgredindo gravatas
Abraçando tudo que é nada
As cortinas estão fechadas
Impedindo que o mundo entre
Não se mostra a favor
Contando os espaços na parede
Dando lugar para o que sobrou do tempo

Lá fora a cidade cresce
Com seus prédios tapando a lua
Seus becos se alongando
Por entre ônibus e esquinas
Esvaziando sonhos
Calando bueiros
Que insistem em não desaparecer
Tantas tendências insanas
Ingratas
Dividem o espaço com o que sobrou
Diluindo a essência do purgatório
Nas margens do rio da memória

Um comentário:

Anônimo disse...

Agora sim estou vendo os novos posts!
Ficou bonito esse lay...apesar da ausência de bolas!!!

Mto NSBM p/ vc! HAUHAUA