quinta-feira, julho 14, 2005

Indo

Indo
Na esperança de chegar
Mas a estrada vai crescendo
Se alongando na minha frente
Cada vez mais distante
Sem conseguir fitar o horizonte
Penso em você
Esta em todas as paradas
Sentada
Esperando uma palavra de carinho
Ofereço minha mão a você
Não consigo falar

Quero continuar
Te escolho para brincar
Olhando para trás
Você não esta mais lá
O que será diferente?
Que me atrai até tão longe
Longe de fronteiras e horizontes
Onde ninguém vai estar
Vendo a noite passar
Tão devagar

Pequenos sonhos partidos
Fazem uma trilha entre estradas
Onde você esta?
Em todo lugar sinto seu olhar
Posso ver entre nevoas e neblinas
Distante da vida que me cerca
O que completa minha alma
Alegra meu coração
Mas esta tão longe
Não consigo alcançar
O lago morto está a minha frente
Tão fundo quando o mar

Quero saber onde estou indo
Ver tudo passar por mim
Sem nome
Só sombra desfigurando
Formando manchas pelo chão
Tão grandes
Dão novas formas aos morros
Mas não ao que sou

E o que sou eu?
Perto do universo em expansão
Que é você
Da imensa vontade e curiosidade
Fica estreito o que sinto
É mais intenso que isso
Não faz parte dessa estrada
Não segue aquela trilha deixada
Luta para ser igual
Diante dos tropeços e engasgos
Não acaba
Sua voz deixa apaziguada
A agitação triste dessa alma

Só mais uma coisa

O modo como se encaixam todas as coisas intrigam quem só quer ver pedaços soltos por ai, fragmentos desiludidos e sonhadores estão em toda à parte, atrapalham a passagem, se ocupam com desentendidos, ofendem os bons amigos, viram as costas para o mundo que é nada em meio a tudo!
Perdido no vácuo? Vago em meio a palavras desencontradas e imperfeitas, mas que também tem algo a dizer, é tão fácil dizer tudo sem falar nada, estar errado seguindo o caminho certo, o improvável esta a mercê de todos, alcança parâmetros distantes, unidade em expansão desaparece no que acreditas que é verdade!

segunda-feira, julho 04, 2005

Definhando

Diante dos seus olhos
Distante dos seus sonhos
Não sei as razões
Não agüento mais estar tão perto do ciclo se fechando
Pedindo atenção não importa onde esteja
Cavando na imensidão
Tentando achar pessoas que não existem
Concentrado na forma do nada
Em baixo das cinzas que mostram a disforme face do fim
O vento espalha tudo pelo ar
Continua adormecido o coração
Ninguém tem culpa por todos esses anos de ausência forçada
Mesmo estando em todas as partes
Vendo sorrisos se abrirem
Já tem tanto tempo
Essas miragens não me convencem mais
Elas nunca ouvem o que tenho a dizer
A verdade é que quem não existe aqui sou eu!