quinta-feira, janeiro 10, 2008

Aguardo de um destino qualquer

Olhando os olhares desviarem
Descubro os detalhes que o chão trás
Não cubro mais meu rosto
Deixo exposto o que não importa mais
Só os anos me viram definhando
Testemunharam um vazio infinito
Roubando cada fragmento da minha alegria
Rondam e anseiam por uma alma fraca e desiludida
Sem expressão ou esforço
Aliados do acaso vagam pelos arredores
Olham pra tudo o que vai me acontecer
Deixo de lado o que me espera
Cerveja e queimaduras de cigarro me trazem de volta
Mostram a sensação falsa de estar vivo
Mesmo sem nenhum motivo
Ainda espero por esse motivo
Um objetivo escasso fora do aceitável
Não me faz desejar nem sonhar
Deixa-me a mercê de um destino qualquer
Onde o grande prêmio é um sorriso
Que os anos levaram sem eu perceber

2 comentários:

Lucas Lutero disse...

O velha e fraca mania humana de buscar fuga no que nos faz esquecer e dão uma quase insignificante felicidade disfarçada. E o pior é que o tempo passa rápido quando vivemos fugindo.
Muito bom sandrão, sou seu fã truta , hehe.

Semente Corporativa: disse...

Creio que todos sempre chegamos em um estado onde nada mais importa, nada mais tem vida...e ai nos perguntamos "Continuar fingido que vivemos ou continuarmos vivendo que fingirmos?"...
Grande abraço meu caro.