terça-feira, abril 01, 2008

O não viver

Não ando
Não respiro
Apenas sinto o ar encher meus pulmões
Circulando em um corpo vazio
Corpo qual o sangue a muito esfriou
Pouco a pouco desapareceu
Deixando feridas ocultas por onde passou
Clareiras em meio ao nada
Revelando a frieza pura do vazio
Não ando
Não respiro
Não falo
Deixo as palavras reprimidas
Viram ecos na imensa confusão
Poluição, suja todo o ar que você respira!
Não ando
Não respiro
Não falo
Não sinto mais...
Suas mãos
Seu suor
Seu coração
Abre em chamas um peito já partido
Decorando o que faz sentido em uma ilusão
Não andei, não falei, não senti mais...
Até chorei o que não tinha pra chorar
Onde nascem essas coisas bobas?
De onde vem?
Pensar não funciona
Sentir é inútil
O que dá impulso não me deixa mais forte
É o contrário
Desaparece no mundo atravessando estações
Deixando aqui um eu
Sem saber o que é ser
Andando por aí sem ver
Vivendo sem viver

Um comentário:

Ane disse...

Oi, Sandro... Tudo bem?
Cheguei ao seu blog por motivos curiosos, achei legal seus textos, menino! Parabéns!

Só queria fazer um pedido. Em 2005-junho há um texto meu que foi postado sem crédito. A princípio eu entendo que tenha chegado assim a vc. Então peço que vc coloque o crédito à autora do texto, por favor. E qualquer coisa, entre em contato comigo, sim? O e-mail está no meu perfil.

Thansk! Tudo de bom pra vc! Beijo.